31 de março de 2009

saturno

Saturno é dos planetas mais bonitos e populares do sistema solar. Apesar de todos os planetas jovianos possuírem anéis, nenhum os possuí como Saturno; tem uma órbita quase duas vezes maior que Júpiter embora pelo seu grande tamanho (é o segundo maior planeta do sistema solar) apareça no céu como uma estrela brilhante. De facto, é bem visível no céu, sendo o planeta mais longínquo conhecido na antiguidade. Demora quase 30 anos a completar uma volta ao Sol e, tal como Júpiter, o seu período de rotação interno é ligeiramente superior ao seu período equatorial. Quando olhamos para Saturno as primeiras perguntas que nos vêm à cabeça são: O que são aqueles anéis? De que são feitos? Porque é que Saturno os tem? As respostas a estas perguntas têm sido dadas ao longo dos últimos 3 séculos quer através das observações dos astrónomos, quer, mais recentemente, através das missões que visitaram o sistema saturniano e de simulações computacionais. No entanto, ainda não se sabe bem porque é que Saturno ganhou anéis compostos tão complexos. Para todos os efeitos, são sobretudo evidência da riqueza dinâmica que pode ter origem na interacção gravítica, neste caso entre Saturno, as suas luas e os pequenos corpos que constituem os anéis.

3 séculos a descobrir o mistério dos anéis de Saturno.

    Figura 1 - estrutura dos anéis de saturno
    Estrutura dos anéis de Saturno
  • 1610 - Galileu foi o primeiro a observar Saturno com um telescópio, detectando duas saliências em lados opostos do planeta.
  • 1655 - Huygens, com um telescópio melhor, sugere pela primeira vez que Saturno é circundado por um disco achatado. Conforme a posição na sua órbita de 30 anos, uma vez que Saturno está inclinado 26.73º em relação ao plano da sua órbita, vemos os seus anéis sob diferentes perspectivas. A hipótese avançada por Huygens permitiu explicar precisamente essas diferenças que os astrónomos vinham registando ao longo dos anos.
  • 1675 - Gian Domenico Cassini, identifica uma divisão escura que separa dois anéis. Esta divisão chama-se agora divisão de Cassini e separa o anel A do anel B, ver figura da direita.
  • séc. XIX - É identificado um terceiro anel (C), muito ténue, na zona interior.
  • 1857 - James Clerk Maxwell, o físico escocês, prova teoricamente que os anéis não podem formar um corpo rígido ou as forças de maré de Saturno já os teriam partido. Assim sendo, sugeriu que os anéis eram compostos por um grande número de pequenas partículas.
  • 1895 - James Keeler é o primeiro a confirmar experimentalmente que os anéis não são rígidos. Observando o espectro do Sol na luz reflectida por diferentes zonas dos anéis e fazendo uso dos desvios Doppler que observou, conseguiu determinar que as zonas interiores dos anéis orbitam com uma maior velocidade do que as zonas exteriores, estando inclusive de acordo com a 3ª lei de Kepler: o quadrado do período orbital em qualquer zona dos anéis é proporcional ao cubo da distância a que está do centro de Saturno. Este resultado só é possível se os anéis forem compostos por pequenas partículas que individualmente orbitam em torno de Saturno, verificando a 3ª lei de Kepler para cada par partícula-Saturno.
  • Os anéis de Saturno reflectem aproximadamente 80% da luz proveniente do Sol, o que é muito, comparando com os 46% que Saturno reflecte. Por esta razão, pensou-se que eram constituídos por gelo e eventualmente alguns materiais rochosos. Gerard P. Kuiper e Carl Pilcher nos anos 70 do séc. XX identificaram a presença de água gelada a partir de espectros de absorção.
  • Medições entretanto efectuadas pelas Voyager indicam que o tamanho dos corpos que constituem os anéis varia entre menos de 1 cm e 5 m. Além disso, estas missões revelaram-nos que a estrutura de anéis é mais complexa do que se pensava, figura seguinte. Descobriram os anéis D, F, G e E (este último não representado na primeira figura), e mostraram que a sua estrutura parece ser composta por múltiplos anéis ainda mais finos entrançados uns nos outros.
  • Saturno possuí ainda um grande número de luas, algumas delas orbitando na zona dos anéis. Ao que tudo indica, é devido às influências e perturbações gravitacionais destas luas, como Pandora, Prometeu, Atlas e Pan, entre outras, que os anéis têm a estrutura que observamos. Devido à força gravitacional que exercem sobre os corpos dos anéis, perturbando a influência dominante de Saturno, estas luas podem criar regiões vazias, onde as órbitas não têm estabilidade, e atrair para uma região particular os pedaços de gelo das vizinhanças. Por esta razão também lhes chamam luas pastoras. Por exemplo, o anel F, figura seguinte à direita, é resultado da influência combinada de Prometheus e Pandora.



postagem feita por elton , joão e iago

17 de março de 2009


A visão atual

Atualmente, uma galáxia é denominada como um sistema astral composto de numerosos e variados corpos celestes, sobretudo estrelas e planetas, com matéria gasosa dispersa, animado por um movimento harmonioso. No Universo conhecido as Galáxias são os conjuntos mais complexos do Cosmo, cujo comportamento e interação gravitacional abrange a grupos considerados locais (Não confundir com a designação Grupo Local) e grupos distantes.

Por exemplo, a galáxia onde o Sistema Solar se encontra, faz parte de um desses agrupamentos, batizado como Grupo Local, que inclui a Via Láctea aglomerada com cerca de 18 outras galáxias, entre as quais encontra-se a de Andrômeda e várias outras galáxias-satélites de ambas e outras menores.

Dimensões das galáxias

A olho nu só podem ser vistas até 3 galáxias diferentes, uma delas a nossa vizinha Andrômeda que tem o dobro de tamanho. Quando se diz que a nossa galáxia tem de tamanho 100 mil anos luz, isto significa que um raio de luz a viajar à velocidade de 300 mil km/s, demoraria cerca de 100 mil anos para cruzá-la. Mas apesar de a Via Láctea ter um grande tamanho, comparada com determinadas galáxias do universo ela é relativamente uma anã, tome em consideração por exemplo a colossal Markarian 348 que tem uma impressionante dimensão de 13 vezes superior à Via Láctea o que significa que um raio de luz precisaria de 1 milhão e trezentos mil anos para percorrer toda essa galáxia. Mas esta não é a recordista das dimensões das galáxias, pois pode-se mencionar que astrónomos descobriram num aglomerado de galáxias chamado Abell 2029, uma que tem cerca de 60 a 80 vezes o tamanho da nossa galáxia, o que novamente em termos científicos tem cerca de 6 a 8 milhões de anos-luz, e possuirá não bilhões, mas sim trilhões de estrelas.

10 de março de 2009

100 horas de Astronomia

04 de março de 2009 Programa 100 horas de Astronomia

100 Horas de Astronomia ou 100HA (http://www.100hoursofastronomy.org/ ) será o maior evento mundial de divulgação da astronomia já organizado até hoje em toda história da humanidade. Um dos objetivos principais do evento 100HA é dar oportunidade ao maior número de pessoas, pela primeira vez em sua vida, de observar o céu por meio de um telescópio, tal como fez Galileu há 400 anos atrás.

Essa grande festa dos céus terá início no dia 2 de abril, terminando 100 horas depois, no dia 5 do mesmo mês (daí o nome). Essas datas são especialmente favoráveis para a observação da Lua e de Saturno. Todas as entidades astronômicas profissionais, clubes de astronomia, planetários e museus de ciências dos 137 países participantes do IYA2009, o Ano Internacional da Astronomia, estão convidadas a participar ativamente.

Os mais diversos eventos estão planejados para todos os dias, desde observações públicas até atividades interativas online, como o You Decide - http://youdecide.hubblesite.org/ , do telescópio espacial Hubble, sendo as observações do céu com telescópios as atividades mais numerosas. Engana-se, no entanto, quem pensa que estas serão apenas observações noturnas: dia 5 de abril será inteiramente dedicado ao Sol, a estrela mais importante do universo para os seres humanos, e neste dia serão realizadas observações utilizando-se filtros apropriados.

Além do mundo concreto, o evento 100HA também acontece na Internet: vários webcasts serão transmitidos pela rede. Organizados por instituições como USP, INPE e UFSCar, eles falarão sobre diversos assuntos astronômicos e também mostrarão debates ao vivo. Uma destas transmissões está sendo organizada globalmente, e acontecerá entre os dias 3 e 4, durante 24h, a partir das salas de controle de diversos observatórios profissionais ao redor do mundo.

Para saber mais sobre as atividades brasileiras, consulte a secção de Eventos do site do Ano Internacional da Astronomia 2009 (www.astronomia2009.org.br ).

No dia 3 de março de 2009 o Brasil já era o terceiro país do mundo no ranking de número de eventos programados durante o programa 100HA. Estamos atrás apenas da Suíça e dos EUA, mas logo devemos passar para segundo lugar! Navegue no mapa do site http://www.100hoursofastronomy.org/component/eventlist/eventsmap para localizar todas as atividades programadas.

Fonte: (www.astronomia2009.org.br