26 de dezembro de 2008

Chuva de meteoros - Site Cosmobrain.com.br

Introdução :

Os meteoros, também conhecidos popularmente como estrelas cadentes, são fenômenos associados com a entrada na atmosfera terrestre de pequenas partículas sólidas vindas do espaço. Ao mergulhar através do ar a altas velocidades, estas partículas deixam atrás de si brilhantes traços luminosos devido à fricção e também à ionização gerada nas camadas superiores da atmosfera.

Este belíssimo fenômeno pode ser apreciado a olho nú, e sob boas condições de visibilidade é possível ver alguns meteoros por hora durante uma noite de observação. No entanto, em algumas épocas do ano, a Terra em sua órbita ao redor do Sol passa através de regiões com grande concentração de minúsculas partículas de poeira deixadas para trás por cometas que visitaram o Sistema Solar. Ocorrem então as chamadas chuvas de meteoros. Nessas datas especiais, um número muito maior de meteoros pode ser observado, podendo chegar a dezenas ou até mesmo centenas de meteoros por hora.

Esta página do Site Cosmobrain apresenta todo mês informações completas sobre as chuvas de meteoros, datas , mapas e dicas de observação. Junte-se você também a milhares de aficcionados ao redor do globo para observar este fenômeno que cativa os seres humanos desde tempos remotos.


Radiantes e Nomenclatura :

Os meteoros provenientes de uma determinada chuva de meteoros parecem se originar de um mesmo ponto na esfera celeste chamado radiante. Isto significa que se traçarmos as trajetórias de cada meteoro de trás para frente, vamos obter um padrão de linhas que convergem para um ponto ou pequena área do firmamento onde se localiza o radiante.

Esta ilusão de que os meteoros parecem divergir a partir do radiante é um efeito de perspectiva, já que na verdade os meteoros atingem a atmosfera terrestre descrevendo trajetórias paralelas entre si. É o mesmo efeito que notamos ao observar como as pistas paralelas de uma auto-estrada parecem se juntar num ponto distante do horizonte.

As chuvas de meteoros recebem nomes derivados das constelações onde se encontram os seus respectivos radiantes, ou das estrelas mais brilhantes próximas aos radiantes. Por exemplo, as Orionídeas possuem o seu radiante na constelação de Órion. As Delta-Aquarídeas possuem o radiante próximo à estrela delta da constelação de Aquarius, e assim por diante.



Chuvas de Meteoros Anuais :

Algumas chuvas de meteoros são bem conhecidas e ocorrem regularmente a cada ano. Qualquer pessoa interessada na observação deste fenômeno pode planejar as suas observações antecipadamente, conhecendo a data correta e a hora da noite mais apropriada .

Como o nosso planeta sempre cruza um cinturão de meteoróides no mesmo ponto da sua órbita, as chuvas de meteoros sempre ocorrem nas mesmas datas de cada ano. São as chuvas de meteoros anuais. A Tabela 1 ao lado mostra as datas correspondentes à atividade máxima das chuvas de meteoros mais intensas do ano.

A Tabela exibe também a taxa horária esperada de meteoros, ou seja, o número de meteoros por hora que uma pessoa pode observar ( em condições ideais ) nessas noites e a constelação em que os meteoros se originam.


Nome Máximo Taxa Constelação
Quadrantídeas 03 Jan 120 Bootes
Lirídeas 22 Abr 15 Lyra
Eta-Aquarídeas 05 Mai 50 Aquarius
Delta-Aquarídeas 29 Ju 15 Aquarius
Perseídeas 12 Ago 80 Perseus
Orionídeas 21 Out 20 Orion
Taurídeas 04 - 12 Nov 10 Taurus
Leonídeas 17 Nov 100 Leo
Geminídeas 14 Dez 80 Gemini

TABELA 1 - As Chuvas de Meteoros Mais Importantes do Ano


Tipos de Chuvas Meteóricas :

As chuvas de meteoros, também chamadas por alguns autores de enxames meteóricos, apresentam uma grande diversidade quanto ao número de meteoros por hora ( THZ ), duração da atividade, características típicas dos meteoros ( como cor, brilho, velocidade, etc. ) e periodicidade.

Algumas chuvas meteóricas, como as Perseídeas e as Geminídeas por exemplo, são bastante regulares em relação à intensidade, e podemos esperar ver o mesmo número de meteoros durante o máximo todos os anos. Outras chuvas apresentam intensidade variável dependendo do ano. As Leonídeas, por exemplo, mostram uma atividade excepcional apenas nos anos próximos à passagem do seu cometa associado, o Temple-Tuttle, que ocorre a cada 33 anos, exibindo uma atividade bastante baixa nos demais. Outro exemplo de enxame fortemente dependente da passagem periélica do cometa associado são as Pi-Puppídeas, que exibem um grande aumento da atividade apenas a cada 5 anos quando o cometa Grigg-Skjellerup se aproxima do Sol.

Podemos observar também uma grande variação quanto à duração do período de atividade de cada chuva. Enquanto que em alguns casos o pico de atividade pode durar apenas algumas horas, para outros, como por exemplo nas Delta-Aquarídeas e nas Taurídeas, esta atividade se estende durante semanas.

17 de dezembro de 2008

Enorme bola de fogo ‘aterrissa’ no Canadá

O belo meteoro que você vê abaixo foi filmado sobre o Canadá, pela câmera de um carro de polícia (o primeiro vídeo) e por uma câmera de segurança (o segundo vídeo). O evento ocorreu às 17:35h (hora local) no ultimo dia 20 de novembro.

Inicialmente essa ‘bola de fogo’ foi atribuída à reentrada na atmosfera de alguma parte de um foguete russo (em tese, da missão Soyuz lançada em 14 de novembro, que lançou o satélite de reconhecimento Kosmos-2445).

Contudo, aparentemente os detritos desse lançamento estão sendo monitorados em órbita e ainda não reentraram, então a ‘bola de fogo de Saskatchewan’ - como está sendo chamada - passou a ser considerada como um meteoro normal, provavelmente do tamanho de uma laranja grande.



10 de dezembro de 2008

A Estrela de Belém (Final): Teria sido uma “Dança de Júpiter”?

Admitindo interpretações astrológicas dos “Reis Magos”, torna-se forte a idéia da “Estrela de Belém” haver sido algum fenômeno envolvendo o planeta Júpiter (conjunção; agrupamento; movimento retrógrado; etc.) ou mesmo alguns desses fenômenos em seqüência. Segundo crenças da época Júpiter era a “estrela real” e estava associado a “reinados e coroações”. No ano 7 antes da nossa era houve uma tripla conjunção entre Júpiter e Saturno. Esses planetas se aproximaram no céu (mas não o bastante para serem confundidos como um único objeto), na constelação de Peixes, nos meses de maio, setembro e dezembro. Saturno era associado à Palestina e a constelação de Peixes era associada à nação de Israel.

Aqueles que acreditam ser essa tripla conjunção a “Estrela de Belém”, argumentam: Os magos viram a primeira conjunção em maio e iniciaram a jornada. Durante a segunda conjunção, em setembro, chegaram a Jerusalém e durante a terceira conjunção, em dezembro, chegaram a Belém. Em fevereiro do ano 6 antes de nossa era houve uma grande aproximação (quase conjunção) entre Júpiter, Saturno e Marte; também na constelação de Peixes. Seria essa aproximação a “Estrela de Belém”?

Atualmente tem aumentado o número dos que acreditam que Herodes morreu no ano 1 antes de nossa era; sendo então plausível o nascimento de Jesus nos anos 4, 3 ou mesmo 2 antes de nossa era. Em setembro do ano 3 antes de nossa era, Júpiter se aproximou de Régulus, a estrela mais brilhante da constelação de Leão. Essa constelação era considerada a constelação dos reis e também estava associada ao “Leão de Judá”. Seria esse o sinal que levou os magos a iniciarem sua jornada?

Em outubro houve uma conjunção entre Júpiter e Vênus, também na constelação de Leão. No ano seguinte, em fevereiro e maio aconteceram outras duas conjunções entre Júpiter e Régulus. Em Junho houve uma conjunção entre Júpiter e Vênus. No ano 2 antes de nossa era, Júpiter realizou um “loop” no céu (movimento retrógrado), onde inverteu a direção de seu movimento em relação às estrelas de fundo (esteve então estacionário) no dia 25 de dezembro. Seria essa a data da chegada dos magos a Belém? Muito bem pessoal esse é o fim da série A estrela de Belém, então até a proxima.


Fonte: Prof. Renato Las Casas (15/12/03)






FIM...

3 de dezembro de 2008

Dicionário de Astronomia...

Bom, galera como nois é um grupo de astronomia amador é bom nois conhecer
algumas "gírias" de astronomia para nois fica mais esperto nessa área.


A

Albedo: é a relação existente entre a luz recebida e refletida de um planeta, satélite etc. Ex; o albedo de Vênus é de 76%, ou seja, reflete muita luz, por este motivo ele pode ser observado no final da tarde, já a lua tem um albedo menor cerca de 6% apenas.
Afélio:: corresponde ao maior distanciamento de um corpo, como a Terra orbitando o Sol.
Ano-Luz: é a distância percorrida pela luz no período de um ano, com uma velocidade de 300.000 Km/s, que corresponde a 9,500 bilhões de km.
Apex: esfera celeste para onde se dirige o sistema solar, à cerca de 20 Km/s.
Apogeu: trata-se do maior afastamento de um corpo celeste ( planeta, lua etc. ) em relação a Terra, é o oposto de perigeu, que significa menor afastamento.
Astrolábio: é o instrumento astronômico usado para medir a altura de um astro acima da linha do horizonte.

C


Cefeída: estrela variável, expansão e contração
Conjunção: é a aproximação aparente entre planeta e luas.
Coroa solar: é a região externa do Sol, que nos fica visível durante os eclipses solares, possui temperaturas extremas da ordem de dois milhões de graus centígrados.

D


Diafragma: redução da abertura óptica p/ corrigir aberrações.

E


Eclíptica: é o plano onde orbitam a Terra e os outros planetas ao redor do Sol
Equador: é a faixa que corta a Terra ao meio, latitude zero
Equatorial, montagem:tipo de montagem de um telescópio onde o eixo se encontra igual a latitude do local
Equinócio:é quando o Sol atravessa o equador celeste, mudando radicalmente de um lado para o outro do céu


F

Fácula: fato que ocorre na fotosfera do Sol, indicando que a formação de futuras manchas solares
FLT: sigla de Fenômeno Lunar Transiente, são fenomenos que ocorrem na superfície da Lua alterando a cor do solo.

L


Libração:é um movimento da Lua que permite observar parte de sua região oculta, devido a latitude e longitude.


M


Magnitude: é o indice de intensidade do brilho de um astro.
Messier: Catálogo de objetos Messier, organizado por C. Messier que contem 110 objetos numerados de M1 a M110
Meteoro: Fenômeno altamente luminoso, ocorrido devido ao atrito total ocorrido por particulas vindas do espaço que, ao se chocar com a atmosfera, são destruídos.
Montagem: é uma estrutura dada a um telescópio, que auxilia o observador a acompanhar os astros, podendo ser equatorial ou azimutal

S


Supernova: alteração radical do brilho de uma estrela

O


Ocular: é a lente colocada no prisma do telescópio, ou diretamente no tubo afim de aumentar o tamanho do objeto que esta sendo observado.
Ocultação:quando um astro oculta o outro, fato que ocorre muito nas observações de Júpiter, quando umas das luas galileanas são ocultadas pelo planeta, tam- bém quando a nossa Lua oculta um planeta.


P

Parsec: medida que equivale à 3.26 anos-luz ou 40 trilhões de kms
Pascal: unidade de força
Prisma: objeto triângular colocado no tubo de um telescópio


R


Radiação: emissão de raios, como ultravioletas
Roche, limite de: quando um satélite ultrapassa uma distância de 2,5x o raio do planeta que orbita, isto ocorrendo, ocorrerá sua destruição.

S


Saros: trata-se de um período de 18 anos onde existirão 43 eclipses.

V


Variável: como o nome já diz, é uma estrela que apresenta mudanças bruscas no seu brilho, ou magnitude.


A Estrela de Belém (Parte 3): Teria sido uma "Nova"?

Chamamos de “Novae” (plural de “Nova”) àquelas estrelas que subitamente têm seus brilhos aumentados de dezenas a centenas de milhares de vezes. Muitas vezes uma estrela que só pode ser observada com potentes telescópios, no espaço de algumas horas ou dias se torna um dos objetos mais brilhantes do céu, permanecendo assim por alguns dias ou semanas.

Interpretamos esse fenômeno como o resultado da interação entre duas estrelas próximas (sistema binário) onde uma delas, “velha e exaurida”, vai “colhendo e acumulando” combustível (hidrogênio) de sua companheira. De tempos em tempos (centenas de milhares de anos) esse material acumulado atinge massa crítica e dá-se início a um violento processo de queima (explosão), surgindo assim a “Nova”. O único registro de “novae” no tempo admissível do nascimento de Jesus, que temos notícia, foi feito por astrônomos chineses, na constelação de Capricórnio, no ano 5 antes de nossa era. Teria sido essa “nova” a “Estrela de Belém”?

Segundo esses mesmos registros, essa não era uma “nova” muito brilhante, capaz mesmo de não se fazer notar por um observador menos atento. Além disso, como uma “nova” pode indicar um local ou uma direção a seguir? “Novae” não têm assimetrias (como caudas) que “apontam para algum lugar” e se mantém fixas em relação às estrelas de fundo. A “nova” de Capricórnio só é plausível como a “Estrela de Belém” se admitimos interpretações “astrológicas” dadas pelos “Reis Magos”. Os sábios da época preocupados com o movimento, aparecimento, etc. das estrelas, tinham crenças tais que hoje os chamaríamos de astrólogos. Bem, por hoje é só mas, na semana que vem teremos a ultima parte desse mistério. Então não perca!!!!


Fonte: Prof. Renato Las Casas (15/12/03)




Continua...