5 de novembro de 2011

Conhecendo as constelações Parte 1: O QUE É CONSTELAÇÃO

Texto publicado por Ariana França Clávia (Monitora OAFR)

Bem, como eu estou longe vou contribuir com o grupo com esse estudo sobre as Constelações, espero que gostem.

Antes da década de 30, as constelações eram definidas como agrupamentos de estrelas na esfera celeste* que, imaginariamente, formavam figuras de personagens como pessoas, animais, objetos ou seres mitológicos. Este conceito passou a ser inconveniente para o progresso científico do século XX.

Em 1930, Eugène J. Delporte propôs um novo conceito de constelação. Este foi adotado pela IAU (International Astronomical Union - União Astronômica Internacional) e continua em vigor até hoje, o qual determina que constelação é a divisão da esfera celeste, geometricamente, em 88 regiões ou partes. De maneira que, olhando para o céu de dentro da esfera celeste, qualquer objeto celeste que estiver na região de uma constelação, além das estrelas da mesma, é considerado parte da constelação. Esse objeto pode não ter qualquer tipo de ligação astrofísica com os outros objetos pertencentes à constelação.

Na realidade, as estrelas e outros constituintes de uma constelação geralmente não têm relação física entre si. Mas tendemos a pensar o contrário. Isto porque quando olhamos para o céu, não temos a percepção das distâncias reais das estrelas a nós, mas apenas uma idéia da disposição delas em relação às outras na esfera celeste. Por isso, temos a impressão de que todas as estrelas, nebulosas, galáxias e outros objetos celestes, estão todas à mesma distância da Terra e próximos entre si.

Na figura abaixo, temos um exemplo de constelação. A linha vermelha ao redor do desenho artístico de uma cruz indica a região que delimita a constelação do Cruzeiro do Sul na esfera celeste. O desenho da cruz está sobre as linhas imaginárias que ligam as principais estrelas da constelação. A diferença no brilho aparente das estrelas é representada no tamanho do desenho delas.


*Esfera Celeste: quando observamos o céu noturno em uma noite estrelada, temos a impressão de estarmos no meio de uma grande esfera ou abóbada (espécie de teto curvo) onde estariam incrustadas as estrelas. Isto inspirou os antigos a chamar o céu de esfera celeste. Hoje essa idéia é usada apenas para simplificar a compreensão do céu, suas regiões e mudança de posição aparente durante o decorrer da noite. Não fazem parte da esfera celeste os planetas, o Sol e a Lua por suas relações mais dinâmicas em relação à Terra.



4 de novembro de 2011

Asteroide Eros


O asteroide Eros passará perto da Terra na    próxima terça-feira 09/11/11



O asteroide Eros visto em detalhes graças às lentes da nave Near: a aproximação do …Um enorme asteroide passará perto da Terra na próxima terça-feira, em uma aproximação rara que não representa risco de impacto para o planeta, afirmaram esta semana cientistas dos Estados Unidos, que esperam ansiosos a oportunidade de observá-lo.

"Não é potencialmente perigoso, é apenas uma boa oportunidade para estudar um asteroide", garantiu o astrônomo da Fundação Nacional de Ciências (NSF, na sigla em inglês), Thomas Statler.

O asteróide circular, chamado 2005 YU55, tem 400 metros de largura e ficará mais perto da Terra do que a Lua, a 325.000 km de distância, informou a agência espacial americana.

Segundo previsões, o horário em que o asteroide estará mais próximo da Terra será às 21h28 de terça-feira, hora de Brasília.

A aproximação será a maior de um asteroide deste tamanho em mais de 30 anos e um evento similar não voltará a ocorrer até 2028.

No entanto, quem desejar ver o corpo celeste precisará de um telescópio.

O asteroide "será visto muito distante quando passar por aqui", afirmou Scott Fisher, diretor da Divisão de Astronomia da NSF.

"Não será perceptível a olho nu. Será preciso um telescópio com lente de mais de 15 cm para vê-lo. Para tornar a observação ainda mais complicada, se moverá muito rápido no céu quando passar", acrescentou.

"Vários radiotelescópios foram instalados na América do Norte para registrar a passagem do astro", continuou Fisher.

"O momento (e local) para observá-lo serão as primeiras horas da escuridão de 8 de novembro na costa leste dos Estados Unidos", emendou.

Os astrônomos que estudam este objeto, classificado como um asteroide de classe C, dizem que é muito escuro, cor de carvão, e bastante poroso.

O 2005 YU55 foi descoberto em 2005 por Robert McMillan, do projeto Spacewatch, grupo de cientistas que observa o sistema solar perto de Tucson, Arizona (sudoeste).

O objeto faz parte de um conjunto de 1.262 asteroides grandes, que giram ao redor do sol e têm mais de 150 metros de largura, que a Nasa qualifica como "potencialmente perigosos".

"Queremos estudar estes asteroides, de forma que se algum dia formos atingidos, saibamos o que fazer com ele", disse Statler.

A passagem mais próxima que um asteroide fará da Terra será em 2094, a uma distância de 269.000 km, segundo as previsões.