
Em seu computador na região britânica de Wiltshire, na Inglaterra, Nick Howes tirou fotos que mostram o núcleo congelado de um cometa se despedaçando.
Ele controlou o telescópio remotamente através do Faulkes Telescope Project, um projeto da universidade britânica de Cardiff que permite que pessoas em qualquer parte do mundo acessem o equipamento via internet.
"Isso mostra o que é possível quando astrônomos amadores conseguem pôr às mãos em telescópios tão poderosos", disse Paul Roche, que coordena o projeto.
Escolas
O projeto foi criado pela faculdade de Física e Astronomia da universidade para ajudar crianças a estudarem ciências. O projeto oferece acesso remoto a telescópios na ilha de Mauí, no Havaí, e no observatório de Siding Spring, na Austrália.
Com ajuda do telescópio de US$ 10 milhões no Havaí, Howes capturou na quinta-feira passada seis imagens que mostram o pedaço de gelo enorme que se separou do núcleo do cometa C2007 C3.
Um segundo grupo de imagens obtidas no dia seguinte mostrou que o novo fragmento ainda está seguindo o cometa.
"Como o núcleo do cometa tem geralmente dezenas de quilômetros, o fragmento provavelmente é do tamanho de uma montanha, e vai acabar se tornando um pequeno cometa, na medida em que ele for se separando do cometa que o originou", disse Roche.
Espera-se agora que astrônomos profissionais sigam a descoberta de Howe usando instrumentos como o telescópio espacial Hubble.
"Nós esperamos envolver escolas na observação de cometas nas próximas semanas, para que possamos ver o que acontece com esse novo fragmento", disse Paul Roche.
Ele espera que a descoberta anime outros astrônomos a usarem o telescópio para pesquisa e para ajudar com novas descobertas científicas.
No ano passado, outro astrônomo amador, trabalhando com várias escolas britânicas dentro do Faulkes Telescope Project, descobriu o asteroide com a rotação mais rápida do sistema solar. Mais de 200 escolas britânicas usaram os telescópios do projeto para apoio às aulas.
Fonte: http://www.clubbrasil.net/