28 de agosto de 2009

40 Anos do Homem na lua: NEM O MAIOR TELESCOPIO DO MUNDO CONSEGUE CAPTAR OBJETOS DEIXADOS PELOS ASTRONAUTAS NA LUA

Algumas vezes somos questionados sobre qual seria o melhor tipo telescópio para que seja possível ver a bandeira ou o carro deixados pelos astronautas na Lua na década de 1970. Outras vezes a pergunta recai sobre o motivo pelo qual, mesmo existindo tantos telescópios na Terra, essas mesmas fotos não são publicadas. Apesar de parecerem ingênuas à primeira vista, as perguntas são bastante interessantes e mostram como um pouquinho de conhecimento pode explicar muita coisa.

Antes de entrar em detalhes, é necessário informar que as fotos dos objetos deixados na Lua não são publicadas simplesmente porque elas não existem. E o motivo é bem simples: não existe nenhum telescópio capaz de enxergar objetos tão pequenos a uma distância tão grande. Nem o telescópio Hubble é capaz desse feito! Para explicar o motivo que faz essa observação ser praticamente impossível é necessário conhecer dois conceitos importantes: o tamanho angular da Lua e dos objetos no céu e o poder de resolução de um telescópio. Vamos começar pelo primeiro.

MEDIDA ANGULAR

Em astronomia a abóbada celeste é divida em um arco de 360 partes ou graus. Cada uma dos 360 graus desse arco é divido em outras 60 partes ou minutos. Assim, o arco da abóbada tem ao todo 21600 minutos. Cada minuto desse arco também é dividido em 60 partes ou segundos, tornando a abóbada um arco composto de 1296000 segundos.


Cada um dos minutos desse arco é chamado de arco-minuto ou minuto de arco enquanto cada segundo é chamado de arco-segundo ou segundo de arco. Qualquer uma dessas denominações estão corretas e podem ser empregadas sem confusões.


TAMANHO DA LUA

É na abóbada imaginária que estão dispostos todos objetos celestes, os planetas, as estrelas, o Sol e a Lua. Se olharmos a Lua veremos que ela ocupa aproximadamente meio grau (30 minutos) no arco dessa abóbada, ou seja, 1800 arco-segundos.

Como sabemos, a Lua tem um diâmetro de 3474 km e é praticamente esse disco que enxergamos aqui da Terra. Se este disco de 3474 km ocupa 1800 segundos, então cada arco-segundo dele equivale a 1.93 quilômetro.

Uma vez compreendido o conceito acima tudo pode ficar mais facil de entender, e se não entendeu, leia novamente com atenção ok! Pois semana que vem vamos ao segundo ponto da questão.

26 de agosto de 2009

Júpiter


Júpiter é o 5.º planeta a partir do Sol e o maior de todo o nosso Sistema Solar, com uma massa 2,5 vezes maior que o conjunto da massa dos outros planetas, satélites e asteróides. É o 1.º planeta do conjunto dos planetas exteriores e do grupo dos planetas jupiterianos ou gasosos e dos planetas gigantes.

É um mundo gigante composto por cerca de 90% de hidrogénio e 10% de hélio, com vestígios de metano, água, amónia e "rochas" e pertence ao grupo dos planetas gasosos, como tal não tem superfícies (visíveis) sólidas. O que acontece é que o seu material gasoso se torna mais denso à medida que aumenta a profundidade.

Apesar de ser um planeta gigantesco, Júpiter possui o período de rotação mais curto de todos os planetas; cerca de 9 horas e 50 minutos, o que provoca uma tal aceleração que leva ao alargamento das regiões equatoriais, daí o diâmetro deste planeta ser tão discrepante na zona dos pólos relativamente à zona equatorial. Relativamente ao seu período de translação, este planeta necessita de aproximadamente 12 anos.

Em consequência do rápido movimento de rotação, Júpiter é um planeta que sofre constantes alterações, o que o torna um objecto de estudo fascinante.
Possui à sua volta dezenas de luas algumas das quais de tamanho considerável como é o caso de Ganimedes que é a maior lua do sistema solar.


20 de agosto de 2009

O que é ano-luz?

Ano-luz é uma unidade de distância usada em astronomia. O ano-luz corresponde a distância que a luz leva para percorrer, no vácuo, no período de um ano.

Principais distâncias de estrelas em anos-luz (em relação ao Planeta Terra):

- A estrela Próxima Centauri está localizada a 4,22 anos-luz

- A estrela Wolf 359 está localizada a 7,7 anos-luz

- A estrela Sirius A está localizada a 8,57 anos-luz

Por isso o ano-luz surgiu para medir distâncias realmente gigantescas. Essa unidade significa o quanto a luz viajou em um ano.

Agora vamos fazer um cálculo simples para determinar quantos quilômetros equivale a um ano-luz. Hoje sabemos que a velocidade da terra é 300.000 km/s então:

300.000 km x 60 segundos x 60 minutos x 24 horas x 365 dias = 9.460.800.000.000 km. Isso é realmente muito grande!

18 de agosto de 2009

Nasa descobre substância para formação de vida em amostras de cometa.


Washington, 17 ago (EFE).- Cientistas da Nasa (agência espacial americana) descobriram glicina, elemento fundamental para a formação de vida, em amostras do cometa "Wild 2" trazidas à Terra pela sonda Stardust em 2006, revelou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). "A glicina é um aminoácido usados pelos organismos vivos para produzir proteínas e esta é a primeira vez que é encontrada em um cometa", afirmou Jamie Elsila, do Centro de Voos Espaciais da Nasa.

"A descoberta apoia a teoria de que alguns ingredientes da vida surgiram no espaço e chegaram à Terra através do impacto de meteoritos e cometas", acrescentou um comunicado do JPL. Carl Pilcher, diretor do Instituto de Astrobiologia da Nasa, afirmou que a descoberta também respalda a hipótese de que os blocos básicos da vida abundam no espaço e que a vida no universo é mais comum do que se acredita.

Os resultados da investigação dos cientistas foram apresentados durante uma reunião realizada pela Sociedade Química dos Estados Unidos em Washington no fim de semana passado e serão publicados em breve pela revista "Meteorites and Planetary Science", disse o JPL. A sonda Stardust atravessou uma densa nuvem e gases que rodeavam o núcleo de gelo do "Wild 2" em janeiro de 2004.

Desde o princípio as análises revelaram a presença de glicina nas amostras. No entanto, por esse ingrediente existir na vida terrestre acreditou-se que a malha estava contaminada.

"Era possível que a glicina achada tivesse se originado durante a manipulação ou fabricação da cápsula", explicou Elsila. As novas investigações, porém, descartaram a possibilidade, após usarem a análise isotópica, acrescentou.

14 de agosto de 2009

Por que o Sol e a Lua têm o mesmo tamanho no céu?

Esse é o tipo de coisa que todo mundo vê, mas nunca pensa a respeito... o Sol e a Lua aparecem no céu com o mesmo tamanho, certo? Certo. Mas também é sabido por todo mundo que o Sol é muito, muito maior que a Lua.

Então, como isso acontece?

Acontece por causa de uma coincidência fantástica: o diâmetro do Sol é cerca de 400 vezes maior que o da Lua - mas ao mesmo tempo o Sol está cerca de 400 vezes mais distante da Terra do que a Lua. Ou seja, as diferenças são anuladas, e ambos parecem ser do mesmo tamanho para um observador na Terra. Interessante, não?

O tamanho idêntico de ambos no céu fica mais evidente durante os eclipses totais (como nessas imagens acima - clique para ampliar). Nessas ocasiões a Lua passa exatamente em frente ao Sol, e no auge do fenômeno a luz solar só pode ser vista ao passar pelos vales e depressões na borda do terreno lunar.

Infelizmente os eclipses totais são raros... A sombra da Lua tem poucos quilômetros de raio, então um observador tem que estar exatamente no caminho da sombra para poder apreciar o espetáculo. Eu verifiquei a ocorrência de eclipses totais do Sol que pudessem ser vistos do Brasil, mas não encontrei nenhum pela próxima década. De qualquer forma, assista o vídeo abaixo e veja o eclipse total de 2006, filmado na Líbia.


E, para fechar o assunto, veja abaixo essa imagem fantástica de um "eclipse" filmado do espaço. Bom, tecnicamente não é bem um eclipse, mas sim um trânsito da Lua em frente ao Sol, captada por uma das naves STEREO (Solar TErrestrial RElations Observatory) da NASA.


Existem duas naves STEREO, a STEREO A e a STEREO B, e ambas estão em órbita do Sol - uma está à frente da Terra e a outra está atrás, ou seja, mais longe do Sol.

Essa imagem foi feita pela nave STEREO B, que está mais longe do Sol (ela orbita a cerca de 1,6 milhão de quilômetros da Terra). Como ela está mais distante, a Lua parece ser 4,4 vezes menor do que aparenta para nós, aqui na Terra.

Pois é pessoal então até a proxima semana ou a proxima saida, pos eu to chegando viu. ^^'

6 de agosto de 2009

Nuvens moleculares


Sabemos que o Sistema Solar é apenas uma pequeníssima parte de um conjunto muito maior que é a Galáxia em que vivemos. Nossa Galáxia é um sistema bastante complexo de inúmeros objetos, estrelas, nebulosas gasosas, nebulosas planetárias, etc. Calcula-se que a nossa Galáxia é formada pelo extraordinário conjunto de 1013 estrelas que, certamente, possuem inúmeros sistemas planetários, alguns dos quais têm sido descobertos nos últimos tempos. Os astrônomos sempre perguntaram como teriam surgido as estrelas que compõem não só a nossa Galáxia mas também todas as outras galáxias, bilhões delas, que formam o Universo. Hoje sabemos que no meio interestelar, o espaço que existe entre as estrelas, encontramos grandes quantidades de gás e poeira. Em certas regiões esse gás encontra-se mais concentrado formando as chamadas nebulosas. Algumas dessas nebulosas são imensas, se estendendo por vários anos-luz. A composição dessas regiões é hoje conhecida: são imensas nuvens formadas por gás, principalmente hidrogênio atômico, e por grãos de poeira. No entanto, existem algumas nuvens em que a concentração de poeira é anormalmente grande, se comparada com os valores normalmente medidos nas outras nuvens. Por essa razão essas nuvens apresentam regiões que são bem mais escuras do que aquelas que as envolvem. No interior dessas regiões escuras, onde a temperatura atinge apenas 50 K, são formadas moléculas de diversos compostos, em geral compostos orgânicos. Nelas encontramos moléculas de monóxido de carbono (CO), amonia (NH3), formaldeido (H2CO), ácido fórmico (HCOOH), álcool metílico (CH3OH), etc. Essas nuvens, que se caracterizam por serem imensas, por apresentarem um grande número de moléculas nas suas regiões mais internas e mais frias e serem formadas principalmente por hidrogênio molecular (H2), damos o nome de nuvens moleculares.Essa nuvens são realmente imensas e, por essa razão, elas são chamadas de nuvens moleculares gigantes. Em média a massa dessas nuvens está em um intervalo entre 105 a 2 x 106 vezes maior do que a massa do Sol. Essa imagem nos mostra nuvens moleculares gigantes existentes na região do Orion, e que formam a nebulosa Orion, também conhecida como M42.

É no interior dessas nuvens moleculares que as estrelas são formadas.Isso ocorre quando uma nuvem molecular colapsa em função da auto-gravidade entre suas partículas e dá inicio a um processo que culminará com a formação de várias estrelas, em geral.A imagem abaixo mostra a nebulosa Águia, onde o Hubble Space Telescope observou pilares gasosos, nuvens moleculares gigantes onde está acontecendo continua formação de estrelas.

A partir dessa descrição podemos dizer que na região onde hoje existe o Sistema Solar, havia anteriormente uma nuvem molecular gigante que, ao colapsar deu origem ao Sol e, posteriormente, ao conjunto de planetas que o acompanham.