Céu incandescente
A explosão de Tunguska foi o maior impacto que a Terra sofreu em toda a história do homem civilizado. Eventos parecidos, mesmo em épocas mais remotas, permaneceram desconhecidos até o advento dos satélites artificiais.Ainda que o epicentro estivesse despovoado, pessoas em centenas de lugares da Ásia e Europa testemunharam o ocorrido. Os relatos eram extraordinários. Fortes ondas de calor, ventanias intensas, estrondos pavorosos e tremores de terra foram reportados. Muitos viram uma bola de fogo e sua cauda esfumaçada se precipitando no horizonte.O céu noturno ficou incandescente por semanas, tal a quantidade de poeira jogada na estratosfera com a explosão. Em Londres, a mais de 10.000 km, era possível ler um jornal à noite, somente com essa luz. Do outro lado do oceano, o observatório norte-americano Smithsonian registrou uma diminuição na transparência atmosférica que durou meses.
Hipótese espetacular
O que aconteceu? É claro que houve muita curiosidade tanto de leigos quanto cientistas. Mas a primeira expedição a examinar a região partiu com mais de uma década de atraso, em 1921. Na ocasião, o geólogo soviético Leonid Kulik não conseguiu alcançar o local exato, e deduziu que o evento foi devido a queda de um grande meteorito.
O ISOLAMENTO E O CAOS político da Rússia no início do século XX foram causas do atraso das expedições para a região do rio Tunguska.
Essa hipótese acabou persuadindo o governo soviético a financiar outra expedição em 1927, atraído pela possibilidade de encontrar um meteorito ferroso, de valor comercial. Mas nenhuma cratera foi encontrada; muito menos um meteorito. Outras expedições confirmaram essa ausência.Calculou-se que a magnitude da explosão ficou entre 10 e 15 milhões de toneladas dinamite. Mas o objeto que a causou não tocou o solo, espatifando-se em pleno ar, a cerca de 8 km de altura.Até hoje o evento semelhante mais intenso aconteceu em 1930 sobre o rio Coruça, no Amazonas, tendo atingido no máximo a energia de um milhão de toneladas de dinamite.Afastada a suposição de um meteorito, mas levando em conta os relatos da bola de fogo, surgiu uma hipótese ainda mais espetacular – e mais provável: em 1908, um pedaço de cometa se chocou com a Terra.
Hipótese espetacularO que aconteceu? É claro que houve muita curiosidade tanto de leigos quanto cientistas. Mas a primeira expedição a examinar a região partiu com mais de uma década de atraso, em 1921. Na ocasião, o geólogo soviético Leonid Kulik não conseguiu alcançar o local exato, e deduziu que o evento foi devido a queda de um grande meteorito.
Essa hipótese acabou persuadindo o governo soviético a financiar outra expedição em 1927, atraído pela possibilidade de encontrar um meteorito ferroso, de valor comercial. Mas nenhuma cratera foi encontrada; muito menos um meteorito. Outras expedições confirmaram essa ausência.Calculou-se que a magnitude da explosão ficou entre 10 e 15 milhões de toneladas dinamite. Mas o objeto que a causou não tocou o solo, espatifando-se em pleno ar, a cerca de 8 km de altura.Até hoje o evento semelhante mais intenso aconteceu em 1930 sobre o rio Coruça, no Amazonas, tendo atingido no máximo a energia de um milhão de toneladas de dinamite.Afastada a suposição de um meteorito, mas levando em conta os relatos da bola de fogo, surgiu uma hipótese ainda mais espetacular – e mais provável: em 1908, um pedaço de cometa se chocou com a Terra.
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